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Édipo Rei

  • Foto do escritor: 2bfnokia
    2bfnokia
  • 19 de out. de 2015
  • 5 min de leitura

"Édipo Rei" foi escrito por volta de 427 a.C, pelo autor Sófocles, consiste em uma obra trágica grega, também produzida como peça teatral.

O livro passa-se, principalmente, em Tebas. O enredo do livro inicia com os habitantes de Tebas suplicando ajuda a seu rei pelo caos que estava ocorrendo na cidade. O rei Édipo tranquiliza seu povo e diz que irá fazer tudo o que for necessário para salvar Tebas.

De acordo com as crenças tebanas, Édipo foi considerado o rei mais importante na cidade, ficando abaixo apenas dos deuses, pois resolveu o enigma da Esfinge antes de sua chegada na cidade, transformando, assim, em rei de Tebas e casou-se com a rainha recém- viúva, Jocasta.

O enigma da Esfinge trata-se de um “monstro” parte leão alado e parte mulher. Antes de matar sua vítima, dava uma chance de livrar-se da morte caso decifrasse seu enigma “Qual o animal que tem quatro patas de manhã, duas ao meio-dia e três de noite?”

Édipo decifrou o enigma escapando, assim, da morte. A resposta do enigma era: “O homem, pois ainda como um bebê, engatinha de quatro, quando cresce anda em duas pernas, e com a idade necessita do suporte de uma terceira perna, uma bengala”.

Com a intenção de salvar a cidade, Édipo envia seu cunhado, Creonte, para pedir ajuda ao Oráculo de Apolo, o qual disse que deveria ser expulso ou morto o assassino do rei antecessor, Laio, e que o mesmo estava em Tebas.

Para ajudar em sua investigação, Édipo pergunta a Creonte como foi esse acontecido com o rei Laio, a versão dada foi a que o rei e seu comboio foram mortos por salteadores.

Então Édipo chama Tirésias, um cego que sabe de todas as coisas apenas pelo som do canto e vôo dos pássaros. Tirésias se recusa a falar o que sabe, pois isso causaria mais sofrimento, inclusive para o rei e sua família. Após muitas ameaças sofridas, Tirésias conta que o assassino de Laio é o próprio Édipo.

O rei Édipo se irrita e acusa seu cunhado e o cego de tramarem contra ele para tirá-lo do trono. Antes de retirar-se, Tirésias fala a frase que marca essa tragédia “O homem que procuras a tanto tempo, por meio de ameaçadoras proclamações, sobre a morte de Laio, ESTÁ AQUI! Passa por estrangeiro domiciliado, mas logo se verá que é tebano de nascimento, e ele não se alegrará com essa descoberta. Ele vê, mas tornar-se-á cego, é rico, e acabará mendigando; seus passos levarão à terra do exílio, onde tateará o solo com seu bordão. Ver-se-á, também, que ele é ao mesmo tempo, irmão e pai de seus filhos, e filho e esposo da mulher que lhe deu a vida; e que profanou o leito de seu pai, a quem matara.”

Édipo conta para sua esposa o que Tirésias havia lhe dito, ela tenta acalmá-lo dizendo para não se preocupar com adivinhações, pois há muitos anos atrás, um oráculo disse que Laio seria morto por seu próprio filho e que se casaria com sua mãe, Jocasta. Porém, Laio foi assassinado por salteadores e quanto ao filho, ainda bebê, foi deixado em uma montanha para morrer e a profecia não se cumprir.

O rei faz diversas perguntas sobre o ocorrido, idade de Laio, como era sua fisionomia e onde aconteceu. Após ouvir as respostas de Jocasta, Édipo começa a concluir que pode mesmo ser o assassino de Laio, pois alguns anos atrás, ele matou um homem com as mesmas características cujo Jocasta havia mencionado.

Ele então revela a sua mulher uma profecia feita a ele a qual foi dita que mataria seu próprio pai e se casaria com sua mãe. Fugindo de sua cidade, em direção à Tebas, encontrou um comboio o qual se desentendeu e matou a todos.

Lembrou-se que houve um sobrevivente desse comboio e decidiu procurá-lo, pois era o único modo que Édipo poderia usar para solucionar esse novo “enigma”.

Enquanto o sobrevivente não aparecia, chegou um mensageiro o qual entregou uma carta de Corinto, a cidade a qual Édipo viveu sua juventude, dizendo que seu pai havia morrido de velhice e a população exigia que o filho do rei Políbio assumisse o trono (Édipo). Aliviado por não ser o culpado da morte de seu pai, ainda se preocupava com o que pudesse fazer com sua mãe.

Édipo explica ao mensageiro que não pode voltar a Corinto por causa da profecia que havia sobre sua vida. O mensageiro conta a Édipo que o mesmo não é filho legítimo do falecido rei Políbio e sua esposa Mérope e diz que foi entregue a um casal de servos do rei que o receberam das mãos de um pastor.

Com a chegada do servo e após muitas ameaças, ele admitiu que o entregasse ao rei Políbio e que haviam boatos que o bebê era filho do rei Laio e foi deixado na montanha para que morresse e a profecia não se cumprisse.

Com isso, tudo foi sendo esclarecido aos poucos, Édipo foi o assassino de seu pai, o rei Laio e casou-se com sua mãe, a rainha Jocasta, ou seja, a profecia foi cumprida.

Ao saber de todo o ocorrido, Jocasta se suicida e quando Édipo a encontrou furou seus olhos e ficou cego. Creonte se tornou o novo rei e Édipo pediu a ele que o exilasse para que ficasse sozinho.

A obra finaliza com Creonte consultando ao oráculo para saber o que deveria fazer em relação a Édipo.

  • Resenha

A tragédia grega, Édipo Rei, gira em torno de uma profecia (maldição) prevista pelo oráculo, a qual Édipo mataria seu pai e desposaria de sua mãe. Para tentar fugir desse destino tenebroso, Édipo decide abandonar a cidade em que viveu (Corinto) para poupar seus pais.

Essa tragédia escrita por Sófocles é considerada a maior tragédia grega e a melhor e mais perfeita obra do autor, por ser constituída de elementos baseados na própria cultura. O livro faz com que o leitor se envolva com a narrativa e que tenha a curiosidade de ler até o final.

Édipo Rei é muito conhecido até os dias de hoje, sua linguagem é bem acessiva. É uma leitura rápida e bastante interessante, o livro é escrito, em sua maioria, com as falas dos personagens, fazendo com que o leitor se sinta parte do livro.

  • Personagens principais

Creonte: filho de Meneceu, irmão de Jocasta, tio e cunhado de Édipo. Assumiu a regência de Tebas após a abdicação e exílio do mesmo.

Crísipo: filho natural de Pélops foi raptado por Laio, que por ele se apaixonou. Matou-se de vergonha.

Édipo: herói tebano, filho de Laio e Jocasta, famoso por ter, segundo os mitos, derrotando a Esfinge, decifrando-lhe o enigma, mas também por ter, involuntariamente, matado o pai e desposado da mãe.

Esfinge: monstro feminino, alado, com cabeça e busto de mulher, corpo de leão, cauda de serpente. Propunha um enigma aos passantes, e como não decifravam, ela os devorava. Foi vencida por Édipo, que decifrou o enigma, fazendo-a atirar-se a um abismo.

Jocasta: filha de Meneceu, irmã de Creonte, esposa de Laio, mãe e esposa de Édipo.

Laio: primeiro marido de Jocasta, pai de Édipo, que o matou sem conhecer-lhe a identidade. Raptor de Crísipo foi por isso amaldiçoado por Pélops.

Meneceu: pai de Creonte e Jocasta.

Mérope: rainha de Corinto, esposa de Pólibo, mãe adotiva de Édipo.

Pélops: pai de Crísipo, vencedor de Enomau e esposo de Hipodâmia.

Tirésias: o grande adivinho da legenda tebana. Ficou cego por ter visto Palas Atena nua, outros diziam que Hera o cegou, mas Zeus deu-lhe o dom profético para compensar, quando ele arbitrou uma disputa entre os soberanos dos deuses.

 
 
 

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